Em primeiro lugar e antes demais nada, vamos aprofundar o assunto. Vamos falar sobre uma breve noção.
Usamos o infinitivo impessoal quando:
- não nos referimos a nenhum sujeito;
- o sentido da frase já indica qual é o sujeito;
- tem valor imperativo.
O infinitivo é a única forma nominal que pode apresentar flexão de pessoa e número: infinitivo pessoal.
Usamos o infinitivo pessoal quando:
- há necessidade de indicar o sujeito;
- pode haver dúvidas acerca da identificação do sujeito.
Usamos o infinitivo pessoal depois de:
- expressões impessoais;
- preposições;
- locuções prepositivas.
O infinitivo pessoal apresenta uma forma composta e simples, é verdade temos duas coisas a estudar. Não se preocupem que não é um bicho de sete cabeças.
-Quando utilizamos a forma composta do infinitivo pessoal temos de saber que se forma com o verbo auxiliar TER no infinitivo pessoal simples e o particípio passado do verbo principal. Ou seja, vocês vão ter de usar essa combinação de tempos verbais para terem a forma composta.
Como saber as diferenças entre elas:
- simples: aspecto não concluído (se é uma acção não concluída a acção ainda está a decorrer ou ainda não se iniciou);
- composto: indica uma acção terminada em relação a outra.
Já todos ouvimos a frase "Amar é sofrer". Pois é, quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal, queremos dizer que ele apresenta um sentido indefinido, por exemplo.
Significa que ele não está relacionado ou conectado a nenhuma pessoa, e a sua forma é portanto invariável.
Por ser o infinitivo impessoal mais vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se ao infinitivo pessoal sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase no que queremos dizer ou expressar-nos. Assim não nos resta a menor dúvida!
Voltamos a relembrar quando o infinitivo pessoal é usado:
- Quando apresenta uma ideia é vaga, sem se referir a um determinado sujeito;
- Quando tem um valor imperativo;
- Quando tem preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior;
- Locuções verbais;
- Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior;
- Com os verbos causativos "deixar", "mandar" e "fazer" e alguns dos seus sinónimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue;
- Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e novamente sinónimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.
O infinitivo pessoal deverá de ser usado:
Sempre que houver um sujeito definido, quando se quiser definir o sujeito, quando o sujeito da segunda oração ou frase for diferente e para indicar uma acção recíproca.
Podemos concluir assim que o infinitivo pessoal ou flexionado em geral, usa-se numa frase em que há duas acções e o sujeito dos dois verbos em presença é diferente.
Exemplo: O patrão pediu para os funcionários trabalharem mais
O infinitivo impessoal deverá de ser usado:
Quando não houver um sujeito definido, quando o verbo tiver regência de uma preposição, com sentido imperativo, quando o sujeito da segunda oração ou frase for igual ao da primeira, em locuções verbais e com alguns verbos que não formam locução verbal (ver, sentir, mandar,…).
Podemos concluir assim que o infinitivo impessoal é o oposto do infinitivo pessoal. O infinitivo impessoal ou não flexionado usa-se no geral no enunciar das acções e quando o sujeito dos dois verbos em presença é o mesmo.
Exemplo: Os alunos negam ter copiado no exame nacional.
Espero que tenham gostado de saber uma breve noção sobre o uso dos infinitivos pessoais e impessoais em Português. Um pouco difícil, mas nada que um pouco de pratica não resolva.